Toda atividade manual é também atividade intelectual. O próprio ato criativo tornar-se, neste caso, também um ato lúdico.
Hoje, frações da classe media se juntam às classes subalternas na militância por uma cultura também manual. Cada brinquedo artesanal testemunha essa luta. Um balão no céu, uma pipa no ar, um carrinho de rolimã no asfalto, bonecas e pano no quarto, figuras de barro, dobraduras de papel, caminhões e ônibus de madeira, trenzinhos de lata, personagens modelados na massa . . . é o mundo das coisas lúdicas e reivindicar seu espaço na cultura “séria”. O artesão do brinquedo transforma e trabalha os materiais tanto quanto o ator trabalha o texto; o escritor, a palavra; o poeta, o verso;e o cientista, os fenômenos e as teorias. (Paulo de Salles Oliveira)
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