Sejam muito bem vindos!

É com grande prazer que venho através deste blog relatar informações sobre o Lazer e a Recreação;




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terça-feira, 31 de maio de 2011

Lazer, trabalho e qualidade de vida

O significado de lazer como o inverso das obrigações de diferentes naturezas, principalmente das obrigações do trabalho, vem predominando em nosso contexto. Freqüentemente, entende-se o lazer como tempo de "não-trabalho", tempo "livre" ou "desocupado"; tempo dedicado à diversão, à recuperação de energias, à fuga das tensões e ao esquecimento dos problemas que permeiam a nossa vida cotidiana.

Constituindo um momento propício para gozar a vida, difunde-se a idéia de que o lazer é capaz de proporcionar tudo aquilo de que somos privados não somente no trabalho, mas em todas as dimensões de nosso viver: o prazer, a liberdade, a alegria, a autonomia, a criatividade e a realização. Contudo, o lazer fracassa juntamente com as nossas insatisfações, pois não representa um fato isolado da dinâmica social mais ampla, refletindo as contradições e as múltiplas formas de alienação e de marginalização presentes em nosso meio.

Nesse sentido, para compreender porque o lazer vem sendo concebido como um tempo oposto ao trabalho, capaz de resolver ou atenuar as mazelas da sociedade, é essencial analisar o seu processo de constituição histórica no mundo ocidental, sempre concebido em função de determinados interesses hegemônicos.

A qualidade de vida almejada pelo lazer em seu sentido social, histórico, cultural e político assume, pois, os princípios da qualidade sociocultural, elemento chave na batalha por condições dignas para todos. Assim, o lazer se torna um espaço para a luta contra a exploração e alienação dos sujeitos, procurando desenvolver a consciência reflexiva calcada não somente na realidade concreta, mas também na possibilidade de atuar sobre ela em busca de saídas.

Para tanto, é preciso desenvolver uma educação para (e pelo) lazer que abrace o seu papel multicultural, valorizando o afetivo, a solidariedade e a inter-subjetividade, considerando, ainda, a diversidade cultural e a democratização social na construção de uma educação para todos que enfatize a igualdade mas não elimine as diferenças. Assim, é preciso alargar espaços para os sonhos, para os desafios e para os riscos que suas realizações impõem. E é justamente o repartir da alegria nesse processo que colabora com a formação de sujeitos lúdicos e com o compromisso do lazer com a promoção da qualidade de vida. 

BIBLIOGRAFIA


ARENDT, Hannah. A condição humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
ARISTÓTELES. A política. Rio de Janeiro: Ediouro, [ s.d.] .
ARROYO, Miguel Gonzáles. Revendo os vínculos entre trabalho e educação; elementos materiais da formação humana. In: SILVA, Tomás Tadeu da (Org.). Trabalho, educação e prática social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. p. 163 - 216.
CHAUÍ, Marilena de Souza. Primeira filosofia: lições introdutórias. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
FRIEDMANN, Georges. O trabalho em migalhas. São Paulo: Perspectiva, 1983.
IBRAHIM, Hilmi. Feudal societies: learning from the past. Journal of physical educacion, recreation and dance/Leisure today, Washington/USA, v. 60, n. 4, p. 40-41, apr., 1989.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e Educação. Campinas. Papirus, 1987.
SOUSA, Eustáquia Salvadora de. Meninos, à marcha! Meninas, à sombra!; história do ensino da Educação Física em Belo Horizonte – 1897-1994. Campinas: Faculdade de Educação da UNICAMP, 1994. (Tese de Doutoramento).
TOURAINE, Allain. Crítica da Modernidade. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
WERNECK, Christianne Luce Gomes. O uso do corpo pelo jogo de poder na Educação Física. Belo Horizonte: Escola de Educação Física da UFMG, 1995. (Dissertação de Mestrado).
YOSHIOKA, Carlton, SIMPSON, Steve. The aristotelian view of leisure; Athens, Sparta and Rome. Journal of physical educacion, recreation and dance/Leisure today, Washington/USA, v. 60, n. 4, p. 36-39, apr., 1989

Lazer, turismo e mercado de trabalho

O lazer torna-se alienante e evasivo quando assume um papel mercadológico através do turismo. É importante enfatizar que esse processo ocorre tendo em vista a massificante oferta de produtos de lazer cujas motivações de consumo estão desvinculadas da livre vontade e busca de satisfação, estando relacionadas a estratégias de marketing, de manipulação e à busca de status.

Ao discutir lazer, turismo e mercado de trabalho, devemos inicialmente estabelecer as relações entre os temas para compreender, posteriormente, a complexidade e a interdependência dessas relações. É de conhecimento geral que o lazer é uma das facetas do turismo, podendo ser considerado, inclusive, como uma das suas áreas de atuação. Da mesma forma, o turismo pode ser encarado como uma das representações do lazer, ou seja, pode ser visto como uma forma de lazer.

A partir dessa relação, Lazer e Turismo podem desempenhar diversos papéis dentro do quadro social, sendo relevante destacar que a determinação desses papéis está relacionada a diversos fatores como, por exemplo, a forma como são encarados esses conceitos. O lazer pode ser considerado um fator de desenvolvimento cultural e social que proporciona ao indivíduo satisfação, atuando em diversos mecanismos físicos e psíquicos. Além disso, o lazer é um fator de integração social, ou seja, proporciona ao indivíduo convívio e relacionamento com os demais.
 
No entanto, o lazer torna-se alienante e evasivo quando assume um papel mercadológico através do turismo. É importante enfatizar que esse processo ocorre tendo em vista a massificante oferta de produtos de lazer cujas motivações de consumo estão desvinculadas da livre vontade e busca de satisfação, estando relacionadas a estratégias de marketing, de manipulação e à busca de status.
Além disso, é fundamental ressaltar que, nesse caso, o lazer torna-se fator de desintegração social, pois ao invés de promover o convívio, promove a segregação social. Nesse caso, o lazer passa a restringir-se a um determinado público que tem condições financeiras de consumi-lo. O ideal é que o lazer e o turismo, ou mesmo o lazer turístico, estejam ao alcance de toda a população proporcionando satisfação, bem-estar e integração social em nível coletivo.

Em relação ao mercado de trabalho para o profissional de turismo ou para o profissional de outras áreas que atua no setor de lazer, é interessante aludir ao grande crescimento da área e das oportunidades de atuação. É possível atuar em diversas áreas assim como são diversas as oportunidades de atuação que vão desde a área empresarial, passando por iniciativas relacionadas à produção cultural, serviços sociais, marketing, chegando às atividades artísticas e à área de educação física.

No entanto, o profissional ligado ao lazer enfrenta alguns problemas que impedem um maior crescimento do mercado de trabalho. Alguns desses problemas seriam facilmente solucionados a partir de uma reflexão acerca das atividades de lazer e da formação profissional daqueles que atuam na área. Podemos apontar como um dos problemas enfrentados por esses profissionais, a falta de reconhecimento profissional e de regulamentação específica que contemple jornada de trabalho, formas de atuação e salário. Além disso, enfrentam o preconceito das pessoas que tem em mente tratar-se de uma profissão fácil e que pode ser desempenhada por qualquer um, desde que seja carismático e criativo. 

É fato que a atuação na área de lazer sugere a interdisciplinaridade, ou seja, pede a formação de uma equipe em que estejam envolvidos profissionais de diversas áreas.  É interessante aludir à grande exigência do mercado de trabalho, pois esses profissionais devem possuir, além de uma formação geral e conhecimentos específicos, aptidão em diversas e distintas áreas de atuação e funções, pois ao mesmo tempo em que o profissional deve estar apto a desenvolver atividades de recreação, deve estar apto a ser administrador das mesmas, por exemplo.
 
Conclui-se, portanto, que ao discutir lazer, turismo e mercado de trabalho, nos deparamos com um emaranhado contexto em que esses elementos relacionam-se de diversas formas. Essas relações são bastante complexas e relativas, sendo necessário apelar não só para os fatos, mas também para a consciência humana, pois são inúmeros os desafios enfrentados pelos profissionais atuantes nessa área. É importante considerar que existem muitos obstáculos a serem contornados, como as inúmeras distorções motivacionais relacionadas ao lazer, provocadas pela busca de status e prestígio social, bem como suas conseqüências, a exclusão e desintegração social.

Referências Bibliográficas:
 
ANDRADE, José Vicente. Lazer: Princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
BENI, Mario Carlos. Análise estrutural do turismo. 6 ed. São Paulo: Senac, 2001.
BRUHNS, Heloisa Turini (Org.). Introdução aos Estudos do Lazer. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 1997.
FRANÇA, Junia Lessa. Manual para normatização de publicações técnico - cientificas. 6ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do Lazer: Uma Introdução. 3 ed. Campinas-SP: Autores Associados, 2002.
MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org.). Lazer: Formação e Atuação Profissional. 4 ed. Campinas-SP: Papirus, 2001.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O que é acantonamento?

Acantonamentos geralmente utilizam construções provisórias, especialmente adaptadas para esse fim, ou construções permanentes, públicas ou privadas, devendo estas ser devidamente adquiridas ou requisitadas. 

Este último tipo é o que vem sendo mais utilizado pelo Brasil na missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti. 

Os acantonamentos podem ser utilizados como área de recuperação para tropas recém saídas de combate, preferencialmente a um acampamento, cuja infra-estrutura é mais precária.
 
Na Ásia Meridional, o termo acantonamento costuma se referir a estações militares permanentes. 

Atualmente existem acantonamentos desta espécie em Bangladesh, Índia, Paquistão, África do Sul, Gana, Sri Lanka e Nepal.

No Escotismo, um acantonamento é um pernoite em algum lugar coberto, isto é, que não esteja ao ar livre.

Sendo que hoje em dia no Brasil os acantonamentos tem como significado a Educação e o estudos do meio, sendo também utilizados com o nome de "acampamentos" de férias para a realização de atividades de recreação, esporte, e estudo o meio ambiente.

O que é acampamento?

Acampamento (do inglês, camping) é um local onde se estabelecem barracas ou tendas, geralmente com proximidade à natureza onde toda a infra-estrutura é levada pelos campistas, tal prática é conhecida por campismo.

ACAMPAMENTO DE FÉRIAS

No Brasil mesmo existe um grande número de acampamentos para jovens e crianças. Localizados em fazendas com infra-estrutura necessária para abrigar a todos confortavelmente. 

A grande maioria é monitorada por equipes experientes que organizam, acompanham e também participam de jogos durante os dias em que as crianças ficam hospedadas. Normalmente com a duração de uma semana, este período ficam apenas sob os cuidados da monitoria e superiores, sem a presença dos pais.

Nestes lugares as crianças podem aprender muitas coisas novas que não aprenderiam sob os cuidados e costumes cotidianos, além de aprender a conviver com pessoas diferentes e muitas situações diferentes.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que significa: Passatempo?

Passatempo, mania ou hobby são denominações dadas a uma atividade de entretenimento livre que indivíduos desenvolvem sozinhos ou coletivamente. 

Um passatempo pode manifestar-se de várias formas: desde uma atividade prática (culinária, esporte, modelagem, pintura) até pura e simples atividades intelectuais (escrever, ler, filosofar, inventar países).  

Hobbies não devem ser confundidos com jogos, que são diversões envolvendo regras predeterminadas e objetivos.

O que é Recreação?

Recreação é uma das formas de atividade de "passar o tempo" para obter a distração de um indivíduo, ou seja, relaxamento mental ou físico do corpo. 

Enquanto o lazer é uma forma de entretenimento ou descanso, a recreação exige um certo desempenho em atividades de forma a obter diversão.

Os jogos de recreação visam apenas o divertimento dos jogadores, não sendo assim um jogo desportivo, no qual o objetivo é a competição.

Uma forma de recreação que é muito comum em escolas conhecida como recreio, é a interrupção das aulas, que pode incluir uma atividade física, como uma brincadeira ou um esporte.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O que é lazer?

Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias).

A palavra lazer deriva do latim licere, ou seja, "ser lícito", "ser permitido".

Poderíamos definir lazer, como uma forma de você utilizar seu tempo dedicando-se a uma atividade que você goste de fazer, o que não significa que seja sempre uma mesma atividade. Esta atividade pode ser uma entre tantas outras.

No campo da educação pode-se identificar as atividades de lazer como ações integradoras dos «Quatro pilares da educação», propostos por Delors:
  • Aprender a conhecer e a pensar
  • Aprender a fazer
  • Aprender a viver juntos
  • aprender a viver com os outros
  • Aprender a ser

Tipos de Lazer 

Um importante desenvolvimento do lazer durante a segunda metade do século XX e do XXI, pode se dizer que uma importante diversificação do mundo do lazer ao ponto que podemos falar de diferentes tipos de lazer, suficientemente distintos entre si como para definirmo-los separadamente:

  • Lazer Noturno: se trata de todo o lazer associado a noite e atividades em que elas se desenrolam, bares, discotecas, e outros lugares em que a música e a bebida são os pilares centrais.
  • Lazer espetáculo: todo lazer relacionado com os espetáculos, entre os que podemos distinguir os culturais (teatro,concertos,exibições ópera, cinema,shows, espetáculos, apresentações culturais) e os desportivos.
  • Lazer esportivo: se refere a prática de algum esporte.
  • Lazer alternativo: o lazer alternativo tem duas vertentes, uma que se refere ao lazer alternativo noturno, que na maioria dos casos é dirigido a jovens maiores de 18 anos, para proporcionar uma alternativa mais sadia em suas saídas noturnas. Enquanto que um novo ramo do lazer alternativo, se refere a um tipo de lazer não convencional, no esportivo e no de espetáculo na que o participante é ator principal de seu lazer. Este tipo de lazer também é conhecido como lazer experiencial.
Utilizando como critério a participação das pessoas no lazer podemos distinguir dois tipos de lazer:
  • Lazer ativo: Lazer em que o participante é receptor e emissor de estímulos.
  • Lazer passivo: Lazer em que o participante é únicamente receptor de estímulos.

O que é o Stand - Up Comedy

Stand-up comedy é uma expressão em língua inglesa que indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. 

O humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. 

Também chamado de humor de cara limpa, termo usado por alguns comediantes.

Ainda há confusão na diferenciação do humorista stand up e de outros estilos, como o contador de piadas, o mónologo de humor, o "one man show", gênero semelhante, mas que permite outras abordagens (interpretação de personagens, músicas, cenas).

O humorista stand up não conta piadas conhecidas do público (anedotas). O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia-a-dia e do cotidiano. 

Praticamente qualquer coisa pode ser usada como ingrediente na comédia stand-up. Muitos comediantes trabalham durante anos para lapidar 60 ou 70 minutos de material humorístico, que normalmente executam aos pedaços várias e várias vezes, aperfeiçoando lentamente cada piada com o passar do tempo. 

O estilo é considerado por muitos um dos gêneros mais difíceis de se executar e dominar, talvez porque o artista em cena esteja desarmado, despido de personagens, apresentando suas idéias a respeito das coisas do mundo, e ainda esteja à mercê da platéia: não raro deve-se ajustar rapidamente sua apresentação de acordo com o humor e gosto de uma platéia específica. Ainda, as habilidades necessárias pra ser um stand-up comedian são diversas.

É freqüentemente necessário que se assuma de forma solitária os papéis de escritor, editor, artista, promotor, produtor, e técnico simultaneamente.

 Um teste de mestre para um stand-up comedian é a habilidade de enfrentar um "heckler" (membro da platéia que, por algum motivo, responde ou interage com o show de forma não muito amistosa) mas ainda, responder com algo tão maior que consiga entreter a platéia com a réplica.

Não existem muitas regras sobre os assuntos e abordagens, o que permite uma constante evolução. O mesmo pode se dizer da duração, desde uma breve apresentação de um minuto como as de Oscar Filho ao recorde mundial de Bruno Motta, que entrou para o Guinness Book como o comediante que fez o "maior show de humor do mundo". Ficou 38 horas e 12 minutos falando para um público de 5 mil pessoas que se revezavam num teatro em Belo Horizonte.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jogos teatrais de Viola Spolin

Os JOGOS TEATRAIS não são quaisquer jogos, mas uma preparação e vivência da prática teatral, onde estruturas operacionais (O QUE, O QUEM, O COMO) procuram possibilitar a experiência das convenções da interpretação teatral e de suas técnicas na forma de vivências de jogos de teatro.

Cada jogo é construído a partir de um FOCO específico, desenvolvido a partir de instruções e regras que levam o jogador a desenvolver formas da arte teatral. Sua base é a experiência prática e social do grupo e do ator, onde são fisicalizadas as possíveis experiências, que estão relacionadas em vários de seus livros com as específicas intruções. Procura-se, com os jogos teatrais, desenvolver uma forma de prática teatral que não seja elaborada apenas na mente do ator ou jogador, mas por sua vivência improvisacional;

Seu método propõe que o teatro seja feito por qualquer pessoa que pode aprender a atuar e ter uma experiência criativa pelo teatro, afirmando que teatro não tem nada a ver com talento. Os jogos teatrais são fortemente fundamentados nas técnicas de interpretação de Stanislavski e Brecht.

Maria Lucia Souza Barros Puppo considera o sistema de jogos teatrais "a operacionalização lúdica dos princípios inerentes ao método das ações físicas de Stanislavski (Regras do jogo na escola in Dossiê Jogos Teatrais. Revista Fênix)". Ingrid Koudella aprofundou-se nos preceitos brechtianos presentes na obra de Spolin.

Princípios:
Cquote1.png Qualquer um pode atuar, qualquer um pode improvisar, qualquer um pode adquirir as habilidades e competências para ser o senhor dos palcos. Teoria e Fundamentos pg. 3 IN Improvisation for Theater, 1999 Cquote2.png

Método:

Cquote1.png Aprendemos pela experiência e pela experimentação e, antes de mais nada, ninguém ensina nada para alguém. (cap. Teoria e Fundamentos pg. 3 in Improvisation for Theater, 1999 Cquote2.png


Jogo de improviso

Teatro Desporto é uma forma de representação onde duas equipas de actores fazem cenas de teatro improvisadas, em forma de concurso, através de jogos pré-definidos. Com a ajuda de um apresentador, o público faz parte das cenas para que os jogos ocorram, interagindo e sugerindo relações, problemas, locais, etc., mas também sendo "juízes". A clareza da estrutura do "concurso" faz deste espectáculo uma forma dinâmica que dá espaço para cenas hilariantes e pouco convencionais. O músico em palco improvisa sons em instrumentos de percussão e outros artesanais, com base no jogo que está a decorrer, o que proporciona um efeito surpresa rico e dinâmico às cenas. O Teatro desporto é a comédia de improviso em que o público ri das variadas maneiras de improvisação dos atores.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que são jogos Folclóricos?

Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas tradicionais brincadeiras.

As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos.

Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.


Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças.

A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.

Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore:

- Soltar pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.


- Estilingue: também conhecidos como bodoques, são feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar alvos (latas, garrafas e outros objetos). 


- Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa  ter que fazer o mesmo.


- Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base. 


- Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.


- Boneca de pano: feitas pelas mães e avós, são usadas em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de uma família imaginária.


- Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

O que é jogo cooperativo?

Nesse contexto e em busca de superar a visão excessivamente esportivizada da Educação Física e a exacerbação da competição, os Jogos Cooperativos (JC) são apresentados como uma nova e importante proposta para o cotidiano da Educação Física escolar. Embora ainda seja considerada uma proposta carente de estudos e de aprofundamento em alguns aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos, apresenta-se como bastante adequada aos propósitos de uma Educação Física escolar não competitiva (Correia, 2006b; Darido, 2001). 

Educação Física escolar, esportivização, competição e Jogos Cooperativos
 
A EF escolar é historicamente influenciada pelo esporte de rendimento, além de facilmente incorporar a competição como elemento fundamental de sua existência. Lovisolo (2001) confirma isso, da seguinte forma: "considero que a competição que se expressa em ganhar e perder é a alma do esporte" (p.108) e "creio, portanto, que se há atividade esportiva na escola, algum grau de competição estará presente" (p.109).

Essa visão (compartilhada por muitos professores) demonstra o quanto ainda encontra-se polêmico o ideal de uma Educação Física escolar que supere a predominância das concepções competitivista e esportivista. Sob essa perspectiva, as aulas são orientadas pela adaptação do esporte de rendimento às condições estruturais da escola, criando o processo de esportivização das atividades e reforçando o "mito da competição" (Correia, 2006a). Mito que acaba perpetuando uma concepção equivocada de que o aluno precisa aprender a competir para sobreviver às adversidades sociais, políticas e econômicas da vida lutando contra seus pares.

Por isso, entendemos a importância e a relevância de estudarmos e refletirmos sobre a proposta dos JC como possibilidade de intervenção teórica e prática nesse contexto polêmico. Para Bertrand (2001), a educação do futuro exigirá das crianças e jovens de hoje a formação de valores diferentes da competição, da segregação e do racismo, a Educação Física escolar e os Jogos Cooperativos podem devem assumir tal desafio (Correia, 2006a).

sábado, 14 de maio de 2011

Classificação de jogos recreativos ou atividades recreativas

O objetivo da classificação de jogos recreativos ou atividades recreativas, além da padronização, é evidenciar a funcionabilidade dessas atividades dentro de uma programação ou de um programa de lazer e recreação.
 
Para escolhermos uma determinada atividade para fazer parte da nossa programação, é necessário que saibamos suas características e classificações. 

De acordo com os objetivos aos quais nos propomos alcançar, escolhemos uma determinada atividade recreativa.

Vejamos o que alguns como alguns autores classificam as atividades recreativas:

Segundo Ferreira, Vanja. Educação Física - Recreação, Jogos e Desportos; 2003
 
Classifica os jogos ou (atividades) como:
 
Grande jogo - grande números de participantes. Difícil se ser dominado.
 
Pequeno jogo - extrai dos participantes características individuais como: velocidade, destreza, força.
 
Revezamento ou Estafetas - constitui-se pelo revezamento dos participantes para a realização de tarefas. É uma atividade em grupo que preza pelas potencialidades individuais. Indicado para a infância. Jogos combinados (exigem mais de uma aptidão física), correr, saltar, giros.
 
Aquáticos - jogos realizados dentro da água, com excelente valor terapêutico por diminuir o impacto causado pelo solo.
 
Jogos sensoriais - utilizam os sentidos (tato, visão, audição, etc). esses jogos desenvolvem o pensamento, diminui a tensão.
 
Jogos Sociais de Mesa - jogos que são realizados na mesa, com caráter educativo, sem estimular os jogos de azar.

O que é jogo?

Jogo é toda e qualquer atividade em que as regras são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até mesmo de imediato, em contrapartida ao desporto (esporte, no Brasil), em que as regras são mais estáveis. Geralmente, os jogos têm poucas regras e estas tendem a ser simples. Pode envolver um jogador sozinho ou dois ou mais jogando cooperativamente. 

Jogos são atividades estruturadas ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com fins recreativos e, em alguns casos, como instrumento educacional. 

São, geralmente, distintos do trabalho, que visa remuneração e da arte, que está geralmente associado à expressão de idéias. 

Esta separação não é sempre precisa, assim, há jogos praticados por remuneração e outros associados à expressão de idéias e emoções. 

Jogos geralmente envolvem estimulação mental ou física, e muitas vezes ambos. Muitos deles ajudam a desenvolver habilidades práticas, servem como uma forma de exercício, ou realizam um papel educativo, simulacional ou psicológica. 

De acordo com Chris Crawford, a exigência de interação entre jogadores coloca atividades como quebra-cabeças e "jogos" de paciência na categoria dos quebra-cabeças ao invés de jogos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Imaginação e recriação do brinquedo


O brinquedo industrializado é uma mercadoria criada para formar nas crianças modos de agir e de pensar correspondentes aos da ideologia dominante.

Ao contrario do que se da com os adultos, as crianças não procuram no brinquedo uma forma de evasão. Desejam, sim, explorar e conhecer melhor o real, criando-o ou recriando-o, à  sua maneira. Assim, o uso e o sentido que atribui ao brinquedo nem sempre é aquilo que as aparências sugerem; nem sempre é obvio, com geralmente ocorre quando adultos estão brincando.

No brinquedo, o modo de pensar e agir da criança freqüentemente se opõe ao modo de agir e pensar do adulto. Isso acontece quando as crianças, por exemplo, “encostam” brinquedos mais caros e sofisticados e se apegam a outros bem simples, aos quais o mundo adulto não dá valor algum. Nesses, porem, encontram uma matéria fértil para sua fabulação.

O exercício da fantasia é, para criança, uma possibilidade de liberação para que seus desejos se manifestem e realizem. Ela se torna ainda mais importante na medida em que permite às crianças expressar simbolicamente tudo aquilo que foi reprimido através de um processo fluente, natural e sem culpa.

Aos poucos, porem, à medida que as crianças vão crescendo e que a sociedade procura moldá-las à sua imagem (arida, adulta, e limitada), muito se perde da sensibilidade e da riqueza expressiva.

Os brinquedos se revelam extremamente importantes nesse processo, já que permitem um espaço em que as crianças podem resistir a essa tentativa de mutilação social dos sentidos. (Paulo de Salles Oliveira)

O brinquedo e a criatividade

Há varias possibilidades de entendimento da criatividade. Existem explicações que valorizam a pessoa que cria; outras enfatizem o processo criador;

A primeira delas é aquela que define a criatividade como um dom. Sendo a criatividade uma dádiva de nascença, ela é restrita a determinadas pessoas.

Uma segunda forma de interpretação da criatividade coloca-se no extremo oposto da perspectiva anterior. Assumindo uma postura de caráter liberal, nega que a criatividade seja uma qualidade intrínseca de uns poucos bem-dotados.

É um posicionamento que pode ser depreendido em situações nas quais, por exemplo, um professor de atividades artísticas procura comportar-se como um “colega de classe” de seus alunos. Sua proposta básica se resume em solicitar aos alunos que “façam o brinquedo que bem quiserem” porque “o professor não deve impor nada”.

Sob a aparência de liberdade, reina de fato a ilusão quando um pai, por exemplo, ainda que movido por boas intenções, presenteia seus filhos com brinquedos eletrônicos para que, assim, eles possam exercer sua criatividade, ajustando-a aos novos tempos da informática, acaba reforçando essa ilusão.

A posse do objeto-brinquedo vem minimizar o mal-estar ou o “atraso cultural” causando pelo não-conhecimento. Do mesmo modo, o professor ao ”dar liberdade” e “abolir imposições” acaba rejeitando a figura do mestre soberano, dono do saber, mas também abdica de sua atuação educativa, que não é feita de imposições, mas tampouco de concessões absurdas (o que é dar liberdade?).

A terceira perspectiva questiona as outras duas e propõe outro encaminhamento. A criatividade nem é dom de um determinado número de privilégios bem-nascidos nem tampouco é prática que necessariamente ocorre quando se “dá liberdade”. A criatividade supõe trabalho. (Paulo de Salles Oliveira)

terça-feira, 10 de maio de 2011

A criatividade e o lixo da história

Dadas as condições sociais precárias em que vive boa parte da população, não deixa de ser válido, procurar extrair daquilo que restou do meio ambiente, ou mesmo de outros materiais disponíveis, a matéria-prima para realização ou confecção do brinquedo. (Paulo de Salles Oliveira)

O brinquedo, a criação e a imaginação

A riqueza do brinquedo decorre de sua capacidade de investigar a imaginação infantil. E não, como muitos acreditam, da possibilidade de imitação de gestos, informações, atitudes e crenças veiculadas na situação de brinquedo.

A imitação, considerada como meta, representa um sinal de conformismo e de estagnação. Supõe que as crianças devem assimilar, nos brinquedos a reprodução da sociedade, adestrando-se assim a geração de manhã. A atração exercida por um ídolo, qualquer seja ele um super-herói do cinema, das revistas, da tevê ou do brinquedo, é usada não só como fator de reverencia aos seus efeitos, mas como modelo a ser imitado. (Paulo de Salles Oliveira)

sábado, 7 de maio de 2011

A questão dos brinquedos bélicos


Todo brinquedo é educativo, ou seja, sempre há em qualquer brinquedo um conjunto de mensagens implícitas ou explicitas a serem assimiladas ou transformadas pela criança. Contudo, ele tenderá a assumir com plenitude suas mais significativas funções educativas na medida em que engendrar mistérios capazes de sugerir diferentes recriações por parte da criança.

Brinquedos chamados bélicos, conviriam lembrar a confissão feita por um dos grandes teóricos da psicanálise, Wilhelm Reich, ao procurar compreender melhor as reações infantis.

Nesse tipo de brinquedo, a criança pode até exteriorizar sua agressividade, mas isso ocorre numa outra dimensão do real, ou seja, na esfera simbólica. Assim, a criança pode disparar e desferir golpes sem que haja tiros ou golpes para valer.

Todo para concluir, a exemplo do que Reich e outros já o fizeram, que o brinquedo de guerra representa para a criança não o desejo de matar, mas prazer do movimento, a beleza plástica dos equipamentos, o jogo de efeitos, a variedade dos gestos e muitas outras aventuras, em que a estrela principal não é a violência, mas sim a fantasia. (Paulo de Salles Oliveira)

A idéia de educação nos “brinquedos educativos”


A função do brinquedo educativo seria, portanto, levar a criança a adquirir uma consciência verdadeira de si mesma.

Não deixa de ser espantoso que o brinquedo educativo, para desempenhar seu papel, seja pouco permeável a diálogos e questionamentos...

O brinquedo educativo supõe, ainda, que o desenvolvimento infantil se faz por sucessão de fases, nas quais, de acordo com a idade física e mental da criança, predominam determinadas características.

Todo brinquedo é educativo, ou seja, sempre há em qualquer brinquedo um conjunto de mensagens implícitas ou explicitas a serem assimiladas ou transformadas pela criança. Contudo, ele tendera a assumir com plenitude suas mais significativas funções educativas na medida em que engendrar mistérios capazes de sugerir diferentes recriações por parte da criança. (Paulo de Salles Oliveira)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A educação e o brinquedo


Em cada brinquedo sempre se esconde uma relação educativa.

Quando a criança recebe um brinquedo pronto, nem sempre se conforma com seu significado explícito e fechado. O trem vira carrinho e anda perfeitamente fora dos trilhos. O boneco, originalmente guerreiro, recebe uma chupeta ou trajes femininos. A boneca e o ursinho, tornam-se seres animados, com quem se conserva, come, dorme, e passeia junto.

A criança quando brinca aprende a se expressar no mundo, criando ou recriando novos brinquedos e, com eles, participando de novas experiências e aquisições. No convívio com outras crianças trava contato com a sociabilidade espontânea, ensaia movimentos do corpo, experimenta novas sensações.
Mesmo que, diante de certos brinquedos, a criança simplesmente faça como os adultos e os utilize nas suas funções aparentes e óbvias, nem por isso deixa de haver uma relação educativa.
Nesses momentos, prevalece a mensagem fechada do brinquedo, preparada pelos adultos para que as crianças reiterem e reproduzam funções, gestos e modos de ser socialmente predominante. Predomina, então, a relação de dominação etária, supondo-se que, num processo de educação infantil, a criança tenha sempre que receber, por ser incapaz de produzir , idéias e conhecimentos.

O BRINQUEDO EDUCATIVO

Através do brinquedo educativo, a pedagogia aparece justaposta ao lúdico. O brinquedo passa a ser visto também como algo de serio, conseqüente. Não é mais “apenas” o instrumento que as crianças utilizam para se divertir e ocupar seu tempo, mas é um objeto capaz de educá-las e torná-las felizes, ao mesmo tempo. (Paulo de Salles Oliveira)

O brinquedo eletrônico: dos "fliperamas" aos videojogos


Fliperamas, nome de um dos brinquedos de que dispõem, hoje se distribuem em grande número nas áreas centrais assim como nos bairros e na periferia das cidades brasileiras.

Há brinquedos designados como “inteligentes”, destinados a fazer a iniciação ao idioma  inglês, usando o recurso da vez sintetizada.

O primeiro videojogo fabricado no Brasil, o Odissey, da Philips, foi lançado em meados de 1983. (Paulo de Salles Oliveira)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A dominação através do brinquedo

A dominação através do brinquedo

O brinquedo enquanto instrumento que também se presta à dominação social. (Paulo de Salles Oliveira)

A mercantilização do brinquedo


A bola, a boneca, o carrinho são, a exemplo de outros brinquedos, elementos universais, presentes ao longo do tempo em diferentes culturas.

Entretanto, na maioria das vezes, alem de serem brinquedos de menor qualidade têm também menor poder de atração entre as crianças.

E mais um mecanismo que auxilia a venda e, assim, revela o verdadeiro objetivo do aparecimento desses brinquedos: gerar lucros. Não é à toa que a industria de brinquedo compra serviços de publicidade e espaços nobres de audiência e assistência infantil na televisão. E que o montante desses investimentos seja um verdadeiro segredo de estado. (Paulo de Salles Oliveira)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O brinquedo artesanal na escola e na família

Toda atividade manual é também atividade intelectual. O próprio ato criativo tornar-se, neste caso, também um ato lúdico.

Hoje, frações da classe media se juntam às classes subalternas na militância por uma cultura também manual. Cada brinquedo artesanal testemunha essa luta. Um balão no céu, uma pipa no ar, um carrinho de rolimã no asfalto, bonecas e pano no quarto, figuras de barro, dobraduras de papel, caminhões e ônibus de madeira, trenzinhos de lata, personagens modelados na massa . . . é o mundo das coisas lúdicas e reivindicar seu espaço na cultura “séria”. O artesão do brinquedo transforma e trabalha os materiais tanto quanto o ator  trabalha o texto; o escritor, a palavra; o poeta, o verso;e o cientista, os fenômenos e as teorias. (Paulo de Salles Oliveira)

O artesanato de brinquedos e a cultura


Criança qualquer jamais hesitaria em distinguir o brinquedo que ela fez, diante de outros, comprados ou feitos por seus colegas.
Não resta duvida que a cultura, em parte, diz respeito à produção espiritual do passado.
Quando se fala de artesãos de brinquedos, referisse a homens, jovens e crianças de hoje, gente que no seu cotidiano constrói, ou ajuda a construir a produção cultural.
Gente, em fim, que constrói a pluralidade e a heterogeneidade das manifestações culturais, partindo da riqueza e da simplicidade da expressão manual.

OS QUE “SABEM” E OS QUE “FAZEM”

Ou os mecanismos de exploração dos marchands, que, a pretexto de redescobrir o valor cultural do brinquedo artesanal, não fazem outra coisa se não explorar em seu proveito o valor econômico do brinquedo. No trajeto que o brinquedo faz, vindo dos bairros da periferia, da favela, do sertão, ou das feiras livres nordestinas para as butiques burguesas ou para as lojas de souvenirs, o seu preço sofre várias multiplicações. Alegria dos que “Sabem” e a tristeza dos que “Fazem”. (Paulo de Salles Oliveira)

terça-feira, 3 de maio de 2011

O artesanato do brinquedo

Brinquedos artesanais sempre terão espaço muito importante na formação social das pessoas. São insubstituíveis e realizados na sua totalidade por homens (Não por máquinas), no ritmo humano, como produto da habilidade manual, da fantasia e da capacidade criadora de cada um.

Acontece que, numa sociedade capitalista como a nossa, organizada para a produção e o consumo de mercadorias, os brinquedos artesanais sofrem discriminação.

NUMA TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

Logo que se fala em brinquedo artesanal muitos fazem uma associação imediata com o passado, como se o brinquedo artesanal dissesse respeito exclusivamente à infância de nossos avós.

As mãos humanas são capazes de exprimir o que máquina alguma poderia fazer, isto é, nossa própria identidade.

Nos dias de hoje, há um trabalho variado de artesãos anônimos, que se traduz em outros tipos de brinquedos: Carinhos de rolimã em diversos modelos, diferentes tipos de bonecos e bichos de pano, naves espaciais em papel ou madeira. Os também casos que velhos brinquedos ganham nova roupagem, a exemplo de balões e papagaios (Ou Pipas). Fala-se em arte baloeira, a exposições extremamente originais de balões e as pipas não mais ser limitam ao papel de seda e a linha de cordonnet, sendo feitas também de nylon ou plástico, com estruturas desmontáveis em madeira ou alumínio; cores vibrantes e tamanhas colossais. (Paulo de Salles Oliveira)

Mistério do brinquedo

Uma das maiores qualidades do brinquedo é a sua não – seriedade. Fluir sua fantasia, sua imaginação, por não ser sério, ele se torna importante. É a não seriedade que dá seriedade.

E o brinquedo perderia sua graça, seu sentido mais profundo. Felizmente as crianças fazem do brinquedo uma ponte para seu imaginário, um meio pelo qual externam suas criações e suas emoções.
Um carinho não é apenas um carinho; uma boneca não é apenas uma boneca, alem do mundo das aparências. As crianças querem sonhar, exercitar todos os sentidos com seus brinquedos e junto a eles, explorar, sentir e conhecer o mundo. Negando o significado aparente do brinquedo, a criança nega também a interpretação adulta do brinquedo. Para os adultos, brincar significa entreterce com coisas amenas, visando à fuga dos problemas e dos percalços da vida cotidiana no trabalho na família etc.

É através do brinquedo que a criança faz sua incursão no mundo, trava contato com os desafios e busca saciar sua curiosidade de tudo conhecer.

Praticas e interpretações sociais estão representadas. A analise do brinquedo permite uma incursão critica aos problemas econômicos, culturais e sociais vividos no Brasil. Permite também discutir a situação social da criança aos adultos. Alem disso, testemunha a riqueza do imaginário infantil e a enfrentar e superar barreiras e condicionamentos. (Paulo de Salles Oliveira)