Criança qualquer jamais hesitaria em distinguir o brinquedo que ela fez, diante de outros, comprados ou feitos por seus colegas.
Não resta duvida que a cultura, em parte, diz respeito à produção espiritual do passado.
Quando se fala de artesãos de brinquedos, referisse a homens, jovens e crianças de hoje, gente que no seu cotidiano constrói, ou ajuda a construir a produção cultural.
Gente, em fim, que constrói a pluralidade e a heterogeneidade das manifestações culturais, partindo da riqueza e da simplicidade da expressão manual.
OS QUE “SABEM” E OS QUE “FAZEM”
Ou os mecanismos de exploração dos marchands, que, a pretexto de redescobrir o valor cultural do brinquedo artesanal, não fazem outra coisa se não explorar em seu proveito o valor econômico do brinquedo. No trajeto que o brinquedo faz, vindo dos bairros da periferia, da favela, do sertão, ou das feiras livres nordestinas para as butiques burguesas ou para as lojas de souvenirs, o seu preço sofre várias multiplicações. Alegria dos que “Sabem” e a tristeza dos que “Fazem”. (Paulo de Salles Oliveira)
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