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quarta-feira, 4 de maio de 2011

O brinquedo artesanal na escola e na família

Toda atividade manual é também atividade intelectual. O próprio ato criativo tornar-se, neste caso, também um ato lúdico.

Hoje, frações da classe media se juntam às classes subalternas na militância por uma cultura também manual. Cada brinquedo artesanal testemunha essa luta. Um balão no céu, uma pipa no ar, um carrinho de rolimã no asfalto, bonecas e pano no quarto, figuras de barro, dobraduras de papel, caminhões e ônibus de madeira, trenzinhos de lata, personagens modelados na massa . . . é o mundo das coisas lúdicas e reivindicar seu espaço na cultura “séria”. O artesão do brinquedo transforma e trabalha os materiais tanto quanto o ator  trabalha o texto; o escritor, a palavra; o poeta, o verso;e o cientista, os fenômenos e as teorias. (Paulo de Salles Oliveira)

O artesanato de brinquedos e a cultura


Criança qualquer jamais hesitaria em distinguir o brinquedo que ela fez, diante de outros, comprados ou feitos por seus colegas.
Não resta duvida que a cultura, em parte, diz respeito à produção espiritual do passado.
Quando se fala de artesãos de brinquedos, referisse a homens, jovens e crianças de hoje, gente que no seu cotidiano constrói, ou ajuda a construir a produção cultural.
Gente, em fim, que constrói a pluralidade e a heterogeneidade das manifestações culturais, partindo da riqueza e da simplicidade da expressão manual.

OS QUE “SABEM” E OS QUE “FAZEM”

Ou os mecanismos de exploração dos marchands, que, a pretexto de redescobrir o valor cultural do brinquedo artesanal, não fazem outra coisa se não explorar em seu proveito o valor econômico do brinquedo. No trajeto que o brinquedo faz, vindo dos bairros da periferia, da favela, do sertão, ou das feiras livres nordestinas para as butiques burguesas ou para as lojas de souvenirs, o seu preço sofre várias multiplicações. Alegria dos que “Sabem” e a tristeza dos que “Fazem”. (Paulo de Salles Oliveira)